Culpado, foi o veredicto que recebi do juiz (minha consciência).
Condenado a esse feliz sofrimento,
Com a liberdade de estar preso em ti
Cumprirei minha pena...
Tive como testemunha de defesa a “Paixão”,
Mas o juiz não deu credito as suas palavras,
Por ser ela pouco coerente,
Levando sempre as pessoas por caminhos não desejados...
Testemunhou para acusar-me, minha “lembrança”
Relatando ao juiz, as provas contra mim, nela contida.
E enquanto ela falava, virou-se para mim,
Fazendo questão de lembrar-me do seu sorriso...
Então a “Dor” que advogava minha causa gritou: “Protesto!”.
Porem batendo na mesa o martelo da “Saudade”, o juiz disse: “Negado!”.
(Pois minha “Consciência” tem facilidade em iludir-se com as conversas da minha “lembrança”).
“Minha alma” que falaria a meu favor desistiu.
Olhou para o juiz e cabisbaixa retirou-se,
No fundo, tinha medo de também ser condenada.
Ela era minha principal testemunha...
Então essa sentença me foi dada
E cumpro-a nesse presídio sem grades,
Vigiado apenas pelo carcereiro
Chamado “Amor...”.
Por: Fulvio Ribeiro.
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